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O purgatório foi admitido pela igreja somente no ano 593. Com seu principio na igualdade, ou seja, com todos os espíritos passando por dificuldades. Para alguns o purgatório pode ser aqui na terra, mas para as religiões cristãs é um lugar que nunca foi determinado, nem a natureza de suas penas, mas nos mostra quais as verdadeiras causas da miséria na vida terrestre, que são nada mais nada menos do que as imperfeições da alma, pois caso a alma fosse perfeita não cometeria falhas.
Já para o espiritismo essa chamada zona purgatorial depois da morte é conhecida como Umbral. No livro o Céu e o Inferno ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo, o umbral é uma oportunidade de você vencer e subir escalões, ou também se afundar mais e permanecer no mesmo ponto.
O livro questiona o porquê de Cristo não mencionar o umbral, que se deve ao fato de não haver uma palavra para melhor representá-la na época, servindo-se assim a palavra que conhecemos popularmente como inferno, para designar penas futuras sem distinção.
No filme brasileiro Nosso Lar, baseado em uma obra psicografada de Chico Xavier e ditado pelo espírito André Luiz, nos descreve momentos do personagem André Luiz no umbral antes de chegar ao Nosso Lar, sendo cercado por solidão, gritos e uma região desértica, juntando tudo isso com sua fome, frio, desespero e escuridão.
Ainda segundo o Livro dos Espíritos, Allan Kardec trata na questão 34, sobre as estações ou pontos de repouso aos espíritos errantes, mundo nos quais podemos habitar temporariamente, espécie de campos de repouso para erraticidade muito longas, que podem ser um tanto penosas. São posições intermediárias entre os outros mundos, graduados segundo a natureza dos Espíritos que podem atingi-los e que neles desfruta maior ou menor bem estar.
Segundo o espiritismo, a pena futura não é negada, mas o que a doutrina desmistifica é a ideia do inferno, com suas fornalhas e penas horríveis. As misérias e dificuldades representam a ajuda necessária para alcançarmos o progresso espiritual que necessitamos.
