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Os Grandes da Doutrina Espírita – Batuíra

Enviado em 11 de agosto de 2015 | Publicado por fclube

“Batuíra”

“Batuíra foi o pioneiro do jornalismo espírita em São Paulo”.

Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Batuíra, nasceu no dia 19 de Março de 1839 na Freguesia das Águas Santas em Portugal. Chegou ao Brasil  com 11 anos, filho de camponeses, Batuíra começou a trabalhar como entregador de jornais no Correio Paulistano, em Campinas-SP, e foi daí que nasceu seu apelido por ser muito ativo, lembrando que a batuíra é uma ave ligeira que habita charcos, aquela água estagnada ou corrente reduzida.

Paralelo ao trabalho no jornal, Batuíra montou um pequeno grupo de teatro em uma modesta casa de espetáculos, e depois se destinou a fabricação de charutos, no qual conseguiu o dinheiro para financiar seu casamento com Brandina Maria de Jesus, com quem teve um filho, Joaquim Gonçalves Batuíra.

Quando tudo pareceria em sua vida, um fato mudou tudo, a perda do filho único de sua segunda esposa, com apenas 12 anos.

A perda foi muito sentida por ele, que encontrou no espiritismo o consolo para sua dor, buscando assim novos projetos, como a fundação do seu grupo espírita Verdade e Luz. Adquirindo assim uma pequena tipografia para divulgação da doutrina espírita, chegando a atingir no ano de 1897 uma tiragem alta de exemplares, maior que muitos jornais na época não conseguiram, e havia como atrativo também as colunas espíritas de Anália Franco e Casimiro Cunha.

Mas seu trabalho com o espiritismo não foi apenas com o jornal Verdade e Luz, mas também com a criação de grupos espíritas em outros estados, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de conferências espíritas por todas as partes e criação da Livraria e Editora Espírita.

Um dos grandes gestos de Batuíra foi durante o ano de 1873, período que São Paulo passava por uma epidemia de varíola e ele serviu de médico, enfermeiro e ajudando pessoas que passavam essas dificuldades com alimentos, agasalhos e abrigo.

Batuíra doou sua casa para o grupo Verdade e Luz, ela que foi utilizada para abrigar pacientes e também como asilo. Além de suas doações, também foi citado em obras literárias de São Paulo, como “A cidade de São Paulo em 1900”, “A Academia de São Paulo” e “Histórias e Tradições da cidade de São Paulo”.

No dia 22 de Janeiro de 1909, mais precisamente em uma sexta-feira, Batuíra desencarnou, fazendo muita falta pela colaboração não só pela mídia espírita, como também pela ajuda às pessoas.

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