Segundo O Livro dos Espíritos, de todos os mundos de nosso sistema planetário, a Terra seria um dos menos adiantados físico e moralmente. O planeta Marte estaria em nível inferior ao nosso, e Júpiter o planeta mais evoluído, não tendo solidez, sendo gasoso, e com seus habitantes, os espíritos, flutuando em sua superfície.
O que muda dos outros planetas em relação a Terra, é a estrutura atômica e celular, sendo o grau de materialidade de acordo com sua evolução, ou seja quanto menos evoluído o planeta mais denso. Segundo o espiritismo, há mundos primitivos, onde se verificam as primeiras encarnações e mundos de expiação e provas, no qual o mal seria predominante.
A Terra já passou pelo estágio de mundo primitivo, e estaria em provas e expiações, para depois evoluir para um mundo feliz, onde o bem supera o mal. Há ainda os Mundos Celestes ou Divinos, a morada de espíritos purificados, nos quais só há lugar para o bem.
Os homens que vivem neste mundo não se arrastam mais sobre a ação penosa da atmosfera, o corpo físico não possui nenhum aspecto em comum com a materialidade terrestre, e por conta de disso, não está sujeito às necessidades de provas ou doenças, como ocorre em escalas inferiores.
Vênus e Saturno também seriam planetas evoluídos, porém Saturno ainda não teria atingido a evolução em que está o planeta Júpiter, de onde teria vindo o alemão Alexandre Humboldt, que desenvolveu o conceito de fauna e flora, um dos maiores pesquisadores da camada do planeta Terra, do vulcanismo e da corrente marítima. Outro que segundo a Revista Espírita concluiu que estaria em Júpiter, e que veio a Terra apenas para uma missão, seria o compositor e instrumentista Mozart, que faleceu aos 35 anos em Viena na Áustria.
Já o Sol não seria mundo habitado por seres corpóreos, mas um lugar para a reunião de espíritos, irradiando assim seus pensamentos para outros mundos, voltados a espíritos menos elevados, por meio de fluído universal.
“Evocado, um espírito que desencarnara havia alguns anos, disse que, seis meses antes, estava encarnado em outro mundo, cujo nome é desconhecido. Interrogado sobre a idade, ele não podia avaliar, porque em seu mundo não conta o tempo como contamos, ou seja, os modos de existência, não são idênticos, nos desenvolvemos mais rapidamente, quanto à inteligência tenho trinta anos da idade que tive na Terra”, O Livro dos Espíritos, no capítulo que trata sobre a Encarnação nos Diferentes Mundos.
Na publicação da Revista Espírita em Agosto de 1858, por Victorien Sardou, obtemos mais revelações sobre a vida em Júpiter. “Sobre a margem de um rio, que está construída a casa de Mozart, que Palissy consentiu fazer-me desenhar sobre cobre”. Quando questionado sobre quem seriam seus vizinhos, Mozart respondeu, “Mais alto, disse, e mais baixo, há dois espíritos que tu não desconheces, mas à esquerda, não estou separado senão por um grande Campo do Jardim de Cervantes”.
As características de Júpiter também citadas pela Revista Espírita, “é uma cidade terrestre que descrevo aqui, a cidade de alguma sorte material, a das ocupações planetárias, a que chamamos enfim, a Cidade Baixa. Ela tem suas ruas, ou antes, seus caminhos, traçados para o serviço interior, tem suas praças públicas, seus pórticos e suas pontes lançadas sobre os canais para a passagem dos servidores. Mas a cidade inteligente, a cidade espiritual, a verdadeira Julnius, enfim, não é na Terra que preciso procurá-la, é no ar”.
Lembrando o pensamento de Jesus “Na Casa do meu Pai há muitas moradas”, podemos compreender que a grande pátria é o Universo. Entre os muitos mundos no espaço infinito de Deus, os espíritos recebem a oportunidade de evoluírem e se transformarem. Cada um de nós tem o papel de transformar nosso planeta, fazendo parte assim de um mundo melhor.
Sejamos merecedores de um mundo melhor.