Ehrich Weisz, popularmente conhecido como Houdini, um dos maiores ilusionistas do mundo, encarnou em Budapeste na Hungria, no ano de 1874, era filho de um rabino e se mudou jovem para os Estados Unidos. Tinha apenas três anos de idade, sua família buscava melhor qualidade financeira, mas no inicio não foi bem assim, ainda jovem, começou a trabalhar. Iniciou a carreira artística, e aos nove anos de idade foi trapezista de circo, começando sua carreira de mágico aos 17 anos.
Casou-se em 1893 com Beatrice, sua assistente de palco por muitos anos, sendo o ilusionista mais bem pago do mundo, com seus espetáculos escapando de algemas, celas de cadeia e camisas de força.
Com seu grande sucesso, Harry Houdini chegou a realizar espetáculos em Hollywood, atuou em filme e ganhou até uma estrela na calçada da fama, mas outra grande coisa que conseguiu, foi à turnê para a Europa, realizando espetáculos por diversos países.
Sua mãe Cecilia faleceu em 1920, e diante da saudade e suas longas viagens a trabalho para a Europa, Houdini começou a visitar médiuns, a fim de estabelecer uma comunicação com ela.
Na Inglaterra, conheceu Sir Arthur Conan Doyle, muito respeitado pelos fenômenos mediúnicos, e quem levou Houdini a algumas sessões, mas mesmo assim o ilusionista não se convencia, e a busca para se comunicar com sua mãe, acabou se tornando uma perseguição aos farsantes mediúnicos, pessoas que se denominam médiuns, e na realidade não possuem nenhuma atividade, mas sim, tudo uma verdadeira farsa. No livro dos Médiuns, no capítulo XIV, Dos Médiuns, temos uma pequena descrição sobre os falsos médiuns: “algumas pessoas podem sem dúvida enganar-se de boa fé, mas outras podem simular essa faculdade por amor próprio ou por interesse. Nesse caso, deve-se particularmente levar em conta o caráter, a moralidade e a sinceridade habituais da pessoa. Mas é, sobretudo nas questões circunstanciais que se pode encontrar o mais seguro meio de controle. Porque há circunstâncias que não podem deixar dúvidas, como nos casos de exata descrição de Espíritos que o médium jamais teve ocasião de conhecer quando encarnados”.
Houdini dizia a respeito: “eles se chamam de médiuns, mas na verdade são abutres que se alimentam da angústia daqueles que sofrem, desejando se reunir com que eles perderam”.
Arthur Conan Doyle em visita aos Estados Unidos se hospedou na casa de Houdini, e apresentou sua mulher, Lady Doyle, que decidiu realizar uma sessão com o ilusionista. A sessão começou e Lady, disse ao ilusionista: “não sei se poderei fazer contato, não tenho controle com os espíritos”, e então começou a receber comunicações do que seria sua suposta mãe, em uma psicografia, mas ao término, ficou nervoso, porque a carta estava em inglês, e sua mãe não dominava a língua inglesa. A partir daí a relação entre os dois nunca mais foi à mesma, inclusive Conan Doyle teria dito que Houdini teria poucos anos de vida. Isso se concretizou, porque três anos mais tarde, Houdini desencarnaria.
Para desmascarar essas pessoas que se diziam médiuns, o ilusionista chegou até se disfarçar, colocando barba e bigode para participar de mesas girantes e identificar os famosos ladrões.
Conan Doyle encarnou em 22 de maio de 1859, em Edinburgh, na Escócia, e desencarnou em 7 de Julho de 1930. Foi um escritor Francês, e criador do famoso detetive Sherlock Holmes, conheceu o espiritismo aos 28 anos, participando de mesas girantes e realizando publicações de diversas obras, como “A Nova Revelação”, “A Mensagem Vital”, “A História do Espiritismo” e o “Caso da Fotografia de Espíritos”.
Em 1926, foi conhecer uma das médiuns mais famosas do mundo, de nome Mina Crandon, mais conhecida como Margery, durante a sessão de quase duas horas, sinos tocaram e até um vaso voou, mas logo que as luzes se ascenderam, Houdini já havia identificado o farsante, inclusive Margery possuía um assistente.
Houdini chegou a oferecer premiações para quem fosse realmente médium e conseguisse se comunicar com sua mãe, oferecendo uma grande recompensa, mas nunca conseguiu a tão sonhada mensagem de sua mãe.
Houdini desencarnou em Outubro de 1926, aos 52 anos, em decorrência de uma operação do apêndice, seu enterro contou com a participação de mais de duas mil pessoas.