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Allan Kardec já pressentia o seu Desencarne?

Enviado em 10 de junho de 2016 | Publicado por fclube

allan_kardecNa manhã de 31 de março de 1869, o espiritismo perdeu seu codificador.  Allan Kardec, ao conhecer o movimento que se iniciava na alta sociedade de Paris, o chamado “movimento das mesas girantes”, foi convidado por um amigo dono de um restaurante para participar e aceitou prontamente, mesmo cético, observou  os fenômenos e assim que  viu mesas levitando e respostas de que o ser humano desconhecia, decidiu investigar.

Com o passar dos anos e  os livros publicados, sendo o primeiro O Livro dos Espíritos em 1857, Kardec  viu assim consolidar o movimento da Doutrina Espírita, porém, entre o tempo de descoberta da doutrina e a sua morte, foram apenas 14 anos, obras e comunicações.

De fato, quando Kardec conheceu as mesas girantes, durante uma reunião mediúnica, um espírito identificado como Espírito de Verdade direcionou uma mensagem ao professor, dizendo que ele teria uma missão a desenvolver, que seria a codificação de uma nova Doutrina.

 

Esse espírito, não quis revelar a sua verdadeira identidade, mas Kardec o mencionou na Revista Espírita de 1866, página 221: ““A qualificação de Espírito de Verdade não pertence senão a um só, e pode ser considerada como um nome próprio. Está especificada no Evangelho. Aliás, esse Espírito se comunica raramente e apenas em circunstâncias especiais”.

 

Mas a resposta para quem é este espírito, que muitos acreditam ser Jesus, estaria no livro  A Gênese, capítulo 1, item 42,: “O Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade que preside ao grande movimento da regeneração, a promessa da sua vinda se acha por essa forma cumprida, porque, de fato, é ele o verdadeiro Consolador”.

Foram ao todo, 14 anos na codificação da Doutrina. E segundo Obras Póstumas, página 286, Kardec tinha o pressentimento de que sua vida seria curta, pois durante uma reunião espírita na casa da médium sra. Forbes, em janeiro de 1860, estimava que seria necessário pelo menos dez anos para terminar os trabalhos, e durante a reunião com a médium, as perguntas foram feitas ao espírito Verdade, que argumentou saber o que restava a Kardec fazer e o tempo necessário para acabá-lo, que seria um prazo de dez anos, mas como descreveu o espírito: “No entanto, o prazo de dez anos não é absoluto; pode ser prolongado em alguns anos por circunstâncias imprevistas e independentes de tua vontade”.

Após a comunicação e a continuação de seus trabalhos, Kardec dois meses depois, em junho de 1860, recebeu outra mensagem do espírito Verdade, dessa vez sobre sua possível reencarnação,conforme o trecho do livro Obras Póstumas, páginas 289 e 290.  

“Não ficarás muito tempo entre nós; é necessário que retornes para terminar a sua missão, que não pode ser rematada nesta existência. Se isso fosse possível, não te irias daí de modo algum, mas é preciso suportar a lei da Natureza. Estarás ausente durante alguns anos e, quando voltares, isso será em condições que te permitirão trabalhar cedo. No entanto, há trabalhos que é útil que termines antes de partir; é porque te deixaremos o tempo necessário para acabá-los”.

Kardec desencarnou no dia 31 de março de 1869, aos 65 anos, no período da manhã, quando realizava sua mudança, e ao entregar algo para o caixeiro da livraria, sofreu um aneurisma cerebral. Desencarnou antes do tempo previsto, mas segundo os documentos encontrados após seu desencarne, não foi observada nenhuma documentação de alguma obra inacabada.

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