Espíritos Neutros

A sétima classe de espíritos, Kardec a classificou como Espíritos Neutros. São aqueles espíritos que não tomam partido, ou seja, são acomodados com as situações, apegados a bens materiais, e cometem um erro fundamental em seu pensamento, por acreditar que não fazem o mal, acham que realizam o bem.

Há uma frase do iluminista francês, Voltaire, que se tornou conhecida, “todo homem é culpado por todo bem que ele não fez”. Nesse estado de neutralidade, os espíritos são caracterizados pela preguiça que os impede de mudar a sua condição e se afastar desse estado que os corrompe.

Em o Livro dos Espíritos, capítulo VI, temos a descrição de como são caracterizados esses espíritos. “Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal. Pendem tanto para um como para o outro e não ultrapassam a condição comum da humanidade, quer no que concerne ao moral, quer no que toca à inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias sentem saudades”.

Quando Kardec cita “apegam-se às coisas deste mundo”, podemos relacionar  uma forma desse apego, pelo fato de como conduzimos nossas paixões, gerando assim reações precipitadas como o ciúmes e a raiva. Devemos conter esses sentimentos que podem surgir em ações do nosso dia a dia.

Vale a pena refletir nessas considerações, pois não é pelo fato de não praticar o mal, que se sentirá realizado, é necessário praticar o bem todos os dias e repensar as nossas atitudes, não deixando que reações erradas prejudiquem a nós e ao próximo.

Fazemos parte de uma grande rede interligada, nossas ações interferem em tudo o tempo todo.