Uma das coisas que sempre se buscou explicar é o lado do bem e do mal. Para muitos o bem é representado pelo céu, e o mal pelo inferno, mas o que poucos sabem é que tudo isso começou com os Persas, mais precisamente com o Zoroatrismo, uma religião local baseada nos relatos de Zoroastro, que viveu no período de 628 e 551 a.C. De acordo com suas bases existem duas forças, o bem e o mal. No caso dessa religião, o Deus bom seria Ormuz, que não é representado por imagens e tem como símbolo o fogo, já o Deus do mal seria Arimã, uma serpente.
Sendo o dever das pessoas praticarem o bem e a justiça, para que, no juízo final Ormuz seja vitorioso, e assim fazer o bem prevalecer sobre o mal.
O que poucos sabem é que muitos desses valores dos Persas foram compartilhados com outras religiões, principalmente com o Cristianismo.
Já na visão Espírita o livro A Gênese, no capítulo O Bem e o Mal traz uma explicação para os termos, na qual vemos que “os males de todas as espécies, físicas ou morais, que afligem a humanidade, apresentam duas categorias que importa distinguir, são os males que o homem pode evitar, e aqueles que independem da sua vontade. Entre estes últimos, é preciso colocar os flagelos naturais”.
Seguindo a base de que todo o ser humano deve progredir, os males, aos quais está exposto, representa o exercício de todas as suas faculdades físicas e morais, lembrando que os males são aqueles que o homem faz para si mesmo, como os vícios, o orgulho, a ambição, a inveja.
Muitas vezes classificamos os dois termos de forma equivocada, como por exemplo, o mal, quem o pratica em sua maioria é isolado, são denegridos, presos ou até segregados, não permitindo assim, uma segunda chance, visto que muitos desistem durante o caminho.
Enquanto isso, o bem, é conhecido por suas propriedades de união, tudo que proporciona de melhor para a pessoa e o seu suporte com os outros ao seu redor.
Como descreve Kardec no livro O Céu e o Inferno: “Nós carregamos em nós nosso céu e nosso inferno, e nossas faltas, gravadas na consciência, leem-se fluentemente no dia da ressurreição, e somos então nossos próprios juízes, visto que o estado da nossa alma nos eleva ou nos precipita”.