José Herculano Pires, natural de Avaré, cidade do interior de São Paulo, nasceu no dia 25 de setembro de 1914. Escreveu livros voltados para a filosofia, história, psicologia e espiritismo.
Quando criança Herculano já demonstrava seu talento com a escrita, aos 9 anos escreveu seu primeiro soneto, e com 16 anos deu um grande passo, ao escrever seu primeiro livro, “Sonhos Azuis”.
Herculano Pires dizia que sofria com a grafomania, hábito de escrever dia e noite, já que mantinha colunas em jornais, como o Diário dos Associados. Formou-se em filosofia pela USP, em 1958, com uma tese sobre “O ser e a serenidade” .
Com grande atuação no jornalismo, foi presidente do sindicato dos Jornalistas de São Paulo entre os anos de 1957 a 1959, além de fundar o clube dos Jornalistas Espíritas, durando 22 anos. No ano de 1964 ocupou uma cadeira na Academia Paulista de Jornalismo.
Publicou 81 livros de variados temas, nos quais os espíritas, você confere alguns títulos no site da Mundo Maior, como Relação Espírito Corpo e O Menino e o Anjo.
Conheceu o espiritismo aos 22 anos, e o mais curioso, é que foi tradutor dos escritos de Allan Kardec, dentre eles as Obras Básicas, sendo um dos maiores divulgadores. Além disso, manteve por 20 anos, uma coluna no Diário dos Associados, porém com uma assinatura de irmão Saulo, e tendo por quatro anos uma parceria com Chico Xavier, com o quadro “Chico Xavier pede Licença”.
Na época em que viveu em Marília, exerceu grande atividade espírita na região, levando para lá o primeiro Congresso Espírita da Alta Paulista, com a aprovação da fundação da União Social Espírita, nascendo desse projeto o Instituto Espírita de Educação.
Como grandes livros espíritas de Herculano, temos o Barrabás, publicado em 1954, Caminhos do Espírito, Irmão Lazaro em 1975, e o romance Madalena.
Herculano desencarnou no dia 09 de março de 1979 em decorrência de um enfarte durante uma sessão mediúnica.
Alguns familiares ainda o levaram para o hospital, mas já não havia mais o que fazer, porém enquanto isso na sessão foi lida duas cartas, uma sem assinatura, a quem muitos atribuem a Cairbar Shutel, devido a grande influência que exercia sobre Herculano, e a outra foi do próprio Herculano para a sua esposa Virgínia. Alguns na mesa desacreditaram devido à mensagem vir de Artur Puxiam, um médium, que estava em desenvolvimento.